Já ouviu falar em overreaching e ficou na dúvida sobre o que significa? Você não está sozinho. O termo é muito usado no universo dos treinos, mas ainda gera confusão. De forma simples, ele descreve um estado de sobrecarga temporária em que o corpo acumula fadiga além do habitual, mas com o objetivo de gerar adaptações positivas depois de um período de recuperação.
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O que é overreaching
O overreaching acontece quando o volume ou a intensidade do treino aumentam a ponto de reduzir momentaneamente o desempenho. Isso não é algo ruim por si só: quando bem planejado, faz parte da estratégia de evolução, já que força o organismo a se recuperar mais forte do que antes.

Tipos de overreaching
- Funcional: é o lado positivo do processo. O corpo sente a carga pesada, mas após descanso adequado, a performance melhora.
- Não funcional: ocorre quando não há tempo suficiente de recuperação. Nesse caso, o rendimento cai, a fadiga se acumula e o risco de evoluir para overtraining aumenta.
Overreaching na prática
Na academia ou em esportes de resistência, o overreaching pode aparecer em fases de treino mais puxadas, como semanas de choque com mais repetições, maior carga ou treinos extras. O objetivo é justamente ultrapassar o limite habitual para estimular uma adaptação mais robusta.
Sinais de overreaching
Alguns indícios de que você pode estar em fase de overreaching:
- queda temporária no desempenho;
- músculos doloridos por mais tempo que o normal;
- sensação de fadiga constante;
- maior necessidade de descanso.
Como evitar problemas
Para que o overreaching não se torne prejudicial, é fundamental cuidar da recuperação. Boas noites de sono, alimentação equilibrada, hidratação e até dias de descanso completo fazem toda a diferença. Ter o acompanhamento de um profissional de educação física também ajuda a ajustar o treino de forma segura.
Curiosidade: overreaching em atletas de elite

Muitos atletas de alto rendimento utilizam o overreaching de forma estratégica. Maratonistas, ciclistas e até fisiculturistas passam por fases de treino extremamente intensas seguidas de um período de descanso chamado deload. O resultado é que, na hora da competição, atingem o pico de performance exatamente no momento certo — uma prova de como essa técnica, quando bem aplicada, pode ser uma grande aliada.